segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Acabei de ler sobre a conferência inaugural do Information Overload Research Group (IORG) que aconteceu no dia 15 de julho de 2008. É interessante observar quem são algumas das pessoas interessadas nesse tópico. Nesta conferência em particular: David Goldes, presidente da Basex , Max Christoff da Morgan Stanley, Shari Pfleeger Lawrence da Rand Corporation, e Nathan Zeldes da Intel. Todos discutindo sobre os problemas relacionados ao excesso de informações que suas corporações têm enfrentado. Chegou a um ponto em que seus negócios estão perdendo dinheiro de verdade: o custo de interrupções desnecessárias mais o tempo de recuperação (tempo gasto para voltar ao ponto em que estava antes de ser interrompido, se de fato você volta a ele) para a economia dos Estados Unidos foi de $650 bilhões de dólares desde 2007. Isto significa 28% do dia trabalho de um “knowledge worker” (como é que traduz isto?) enquanto que meros 12% deste dia de trabalho é gasto em pensamentos e reflexão.

No seu post no blog do IORG’s, Jonathan Spira, Analista Chefe da Basex e Vice Presidente do IORG, comenta sobre um paradoxo descrito por David Levy, um dos palestrantes da conferência:

--ao mesmo tempo em que criamos novas ferramentas por o conhecimento e para a colaboração (e nossa economia está se tornando mais baseada em conhecimento), nós estamos perdendo o tempo de que precisamos para pensar.--

Como um meio para superar este dilema, Levy sugere que adotemos mais práticas contemplativas nos meios profissional e acadêmico. De fato, está aí um grande desafio para os dias de hoje, mas, é uma delícia descobrir que, afinal das contas, Caymmi tinha razão. Eu, como baiana “adotada”, cansada de piadas com estereótipos, estou aqui falando mais do que sério. Por mais que a sugestão de Levy pareça deslocada no mundo atual, estou tentando me comprometer a adotar como hábito, este exercício diário de contemplação e reflexão. Mesmo que isto signifique uma redução na quantidade informações novas que chegam a mim. Ou talvez, exatamente por isto.